- Sergio Gomes e Mário Queirós
AS DÉCADAS PERDIDAS: OS RICOS E OS POBRES
Há dias foi notícia o facto de, em Portugal, haver em 2022 o quíntuplo dos ricos face a 2014 (1). As redes sociais inflamaram com protestos de indignação. Não é importante para nenhum dos indignados que os 5000 “ricos” tenham contribuído com 40% da totalidade da execução orçamental; também não é importante que nem sequer um terço destes sejam cidadãos, pois mais de dois terços são empresas; e é completamente irrelevante que este número tenha aumentado também por causa de uma mudança nos critérios para classificar “ricos”, passando a incluir contribuintes que não eram incluídos em 2014. A indignação decorre apenas da leitura do título!