O Mercado Livre e a Esquerda Contra Produtiva (Parte 1)

Numa civilização cada vez mais informada e evoluída, a proteção do ambiente tem sido um dos focos principais, resultando na intervenção de governos de diversos países de maneira a tentar travar o agravamento dos problemas climáticos.

É assim que, numa geração onde crescemos a ouvir que as alterações climáticas são o maior e principal ameaça para a raça humana e que um dos maiores responsáveis é o sistema capitalista, existe uma pressão crescente que conduz os jovens para o lado esquerdo do espectro político. Esta pressão ocorre pela culpabilização constante do mercado livre como principal fator da degradação do ambiente e, consequentemente, fomenta um pensamento niilista pela parte dos jovens, constante e errático, que mitifica o sistema capitalista como algo negativo e que tem de ser mudado. No entanto, não são apresentadas soluções verdadeiramente eficientes no combate aos problemas climáticos, provavelmente porque para estas pessoas a equidade é o maior e mais desejado objetivo (que também não é atingido), ao invés da eficiência.

Uma das grandes ambições é o fim da emissão do CO2 que implica o fim da utilização dos recursos naturais que constituem necessidades na vida humana. Se tomarmos o axioma de que energia é trabalho, uma redução na oferta da energia irá dar origem a uma redução no trabalho, o que causa uma diminuição da produção da riqueza.

Se seguirmos políticas defendidas pela Esquerda, como apertadas restrições na utilização destes recursos, isso levar-nos-ia a uma recessão que resultaria de um enorme decréscimo nos níveis de produtividade (ou rendimento), equiparando-se aos níveis de vida das décadas de 60 ou 70.

Se formarmos uma conexão entre pobreza e responsabilidade ambiental notamos que, em geral, os países mais pobres são aqueles cujas pessoas não dão tanta importância à conservação e proteção da Natureza, provavelmente porque as sua condições sociais os obrigam a preocupar-se com outros problemas como a fome, as condições precárias onde vivem ou até a própria sobrevivência. Quando são anunciadas medidas de combate à emissão de CO2, são estas pessoas que sofrem as consequências com maior intensidade, a escassa quantidade de alimentos que podiam comprar encarece e, consequentemente, é-lhes impossível comprar na mesma quantidade; o gás que utilizam para aquecer as suas casas torna-se uma despesa demasiado grande para ser sustentada, e várias outras repercussões funcionam na degradação da qualidade de vida destes indivíduos que são os que mais necessitam de apoio. Portanto, como vimos, a nossa melhor hipótese de combater as agravações climáticas é tentar elevar o nível de vida das pessoas e não piorá-lo com todas estas restrições dos Governos que não sofrem com as suas próprias medidas, apesar de infligir esse sofrimento nas pessoas mais carenciadas.

Pela delicadeza do assunto, todas as propostas promovidas devem ser  cuidadosamente estudadas e o seu custo-benefício calculado.

Não queira isto dizer que, no mundo atual, não existam problemas e desafios relacionados com o ambiente que precisem de ser combatidos, mas torna-se difícil fazer análises objetivas com o nevoeiro da histeria e do medo.

No artigo seguinte, abordaremos se o Capitalismo poderá fazer parte da solução!

 

Ana Almeida, membro da Iniciativa Liberal

in Correio do Minho

 

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