A seita que dói menos

Aceitámos, em Janeiro, as propostas, ideias e promessas da seita que dói menos nos sacrifícios que temos de enfrentar para sairmos desta crise que nos atormenta há décadas: as propostas, ideias e promessas do Partido Socialista sobre as maravilhas que vai trazer-nos à nossa vida a partir de agora. Nas últimas décadas, uma série de azares têm jogado contra as nobres intenções dos sucessivos primeiros-ministros socialistas; mas desta vez, podemos ter a certeza que é de vez.

Cada um de nós, aceitou doar 320 euros para tapar o mais recente buraco da TAP. Para uma companhia aérea que é nossa! Serve todos os portugueses, de Norte a Sul do país, com preços baixos e um serviço de excelência.

Compreendemos que a promessa de todos termos médico de família em 2016 não foi cumprida por motivos alheios à vontade de António Costa. Tal como também foi alheia à sua vontade o facto de ter prometido computadores para todos os alunos há três anos, e ter falhado. Temos de aceitar estes factos, porque é evidente que o governo PS fez tudo que estava ao seu alcance.

Aceitámos também a promessa do acentuar da progressividade do IRS a partir do presente ano, levando os mais ricos a pagar mais, e os mais pobres a pagar menos. Nem que para isso, os mais ricos sejam forçados a ir produzir riqueza para outros países, pois se não querem cá ficar, não fazem falta nenhuma.

Também aceitámos a promessa eleitoral de aumento do rendimento médio por trabalhador em 20% entre 2021 e 2026, ou seja, 3,7% ao ano. Portanto, com um aumento dos salários de 0,9% neste ano, estávamos a antecipar uma descida dos preços de 2,8%.

Mas, meus amigos, ao contrário dos antigos mártires da Europa, como Hungria, Polónia, Estónia e Chéquia, que ganhavam entre um terço e metade do que nós ganhávamos há 30 anos e agora são mais ricos que nós, a vida dos portugueses não tem sido nada fácil. Têm sido azares atrás de azares.

Infelizmente, mais uma vez, o azar bateu-nos à porta. A inflação está a subir em flecha e, por causa disso, estamos a ter uma diminuição dos salários cada vez maior a cada dia que passa. Este IRS adicional, começou por ser 2,4% em Janeiro e foi crescendo, estando já em 6,3% em Abril. É um imposto que TODOS pagamos, pobres e ricos, velhos e novos. Recai, não só sobre os salários e as reformas, mas também sobre as poupanças. É exactamente o contrário de um imposto progressivo, pois aplica-se a mesma taxa a toda a gente. É novamente uma promessa falhada.

Era possível devolver este IRS adicional às pessoas? Sim, era. Mas a Dívida Pública astronómica que temos, tem que ser paga. E também temos que tapar o buraco da TAP. Assim como temos que pagar os salários do maior número de funcionários públicos que alguma vez existiu na história do nosso país. Não esquecendo ainda os grupos e comissões de trabalho que tornam melhor a vida de todos nós, como por exemplo, o salário de 4500 euros por mês, durante cinco anos e meio, que vamos pagar só ao responsável pela organização das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril – para além dos salários dos restantes membros da equipa.

Aceitamos que esta não era a intenção de António Costa.

Aceita Zé, que...

Docente do Ensino Superior nas áreas de Economia e Finanças

Dinheiro Vivo, Link

02 Mai 2022

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