Votos de saúde para 2024

Ao entrar no novo ano, um dos desejos mais comuns é ter saúde e, este ano, esse desejo ganha uma importância mais significativa num contexto de crise do Serviço Nacional de Saúde, que não consegue assegurar os devidos cuidados para todos os utentes.

O ritmo galopante da degradação do SNS é particularmente preocupante com a chegada do Inverno, que já por si é uma altura desafiante marcada por uma grande afluência às urgências hospitalares. O fecho de diversos serviços de saúde agrava este problema, tornando-se insustentável o tempo de espera daqueles que procuram assistência médica. Nos piores casos, os utentes têm de se deslocar a outros hospitais de forma a conseguirem ser atendidos, muitas vezes percorrendo quilómetros apenas com a esperança de obter a devida prestação de serviços.

Este ritmo de degradação contrasta com as despesas crescentes do Estado na saúde, revelando um claro problema de gestão deste setor. A falta de acordos entre o ministro da Saúde e o Sindicato Independente dos Médicos é espelho da falta de interesse por parte do Governo em resolver este problema.

A Iniciativa Liberal trouxe uma Lei de Bases do Sistema Universal do Acesso à Saúde que visa assegurar que os utentes tenham acesso a cuidados médicos independentemente da sua natureza pública ou privada. Assim, todos têm a liberdade de escolher o seu subsistema e prestador de saúde sem a obrigação de pagar mais além de impostos.

Também no domínio da saúde mental existe uma falta de resposta. De acordo com o relatório “Acesso a Cuidados de Saúde Mental nos Hospitais do SNS" realizado pela Entidade Reguladora da Saúde, existem cerca de vinte mil doentes à espera de consultas de Saúde Mental nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Aproximadamente metade desses casos, classificados como prioritários e muito prioritários, já excedeu o prazo legal de espera, estabelecido em três meses e meio.

Num país onde muitas vezes se desvaloriza ou nem sequer se menciona este tema, existe a necessidade de convergirmos com as tendências internacionais e dar um maior relevo tanto ao tratamento como à promoção da saúde mental em Portugal. Para tal, é preciso desmistificar muitas questões referentes a este tópico, que contribuem para criar um estigma à volta da procura de ajuda psicológica. Vocalizar e normalizar este problema é dar um passo em frente para que possamos melhorar a qualidade de vida individual, mas também a nível da comunidade.

Para 2024 desejo votos de saúde para todos os portugueses, numa altura em que cada vez menos podemos contar com os serviços providenciados pelo Estado.

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