O elefante na sala chamado Comunicação Social

Sou e serei sempre um defensor acérrimo do direito às pessoas poderem ser idiotas. Julgo que a liberdade de escolha e a responsabilização que daí advém são os pilares do liberalismo social que tanto julgo basilar em qualquer sociedade. Para tal acontecer, é necessário antes de mais que funcione áreas como a justiça imparcial, uma educação de qualidade e acessível a todos e acesso à informação em vários formatos e substâncias. Só mediante uma mente formada e crítica, poderemos definir o nosso ponto de vista fundamentado após análise das diferentes perspectivas de informação que nos são facultadas.

É exatamente aí que Portugal tem mais um problema estrutural, não existem diferentes perspetivas de informação, não existe contraditório e logo não existe escrutínio. Mas onde está a isenção e imparcialidade de informação que tanto nos prometem? Julgo estarem junto a mesma esquizofrenia coletiva que alimenta a ideia que o socialismo funciona. Não existe, nem nunca existiu, jornalismo isento, isso são estórias académicas. Seria muito mais transparente e claro para os leitores e espetadores, saberem para o que vão, e logo ser assumido à partida a ideologia que está na base de cada notícia e informação produzida.

Para tal, teremos o exemplo dos EUA, que apesar das várias falhas que certamente terão, produzem pelo menos um canal noticioso “Fox News” assumidamente Republicano e um “CNN” assumidamente Democrata. Haverá muitos outros a orbitar outras áreas, mas tal assunção permite uma abordagem diferente de quem consome as notícias. Mas será que influencia a qualidade do jornalismo? Julgo que não, até pela qualidade das peças noticiosas que cada canal apresenta e na vertente crítica ao próprio partido que apoia.

Voltando a Portugal, estamos muito longe desta realidade, e sabemos que a maior parte da informação que recebemos ainda é recebida pelos telejornais dos canais generalistas. Ora, estes canais ainda funcionam na base que o liberalismo é coisa esquisita, e a sociedade deve sempre funcionar em torno do Estado. E este tipo de assunção é visto em diferentes domínios, nos comentadores que apresentam, nas perguntas que colocam, nas notícias de entrada, nos tempos de antena e até nos spots publicitários entre programas. Tudo expõe de forma transparente a real tendência de pensamento ideológico que está por trás de cada canal noticioso.

Nesta medida, é de minha convicção que não existe em Portugal um único canal televisivo que não tenha subjacente uma linha de pensamento ideológico de esquerda. Ora, isto é decisivo na formação de ideias para a generalidade da população, e muito mais se tivermos em conta que tal cenário se mantém desde o 25 de Abril. Como exemplo prático, temos recentemente a muito bem-sucedida campanha de medo e pânico generalizado acerca da pandemia Covid-19. Foram meses e anos, com os jornais a bombardear informações dramáticas e estatísticas fatalistas acerca deste assunto. O resultado foi automático, com a obediência total do povo português às regras impostas e ostracização de quem ousava colocar alguma questão. Já o oposto está no que se refere ao crescimento económico de Portugal, ou melhor a falta dele. Qualquer pessoa minimamente informada deveria estar em pânico com a situação económica atual, mas este pânico já não está presente, ou se está, é sempre de forma tímida e como forma de ser um álibi.

Este tipo de poder não é democrático, não é eleito, é apenas assumido pelos players existentes mediante as audiências produzidas. Mas este tipo de poder molda o pensamento de gerações inteiras, e define que estamos dependentes do Estado para sobreviver. E o Estado tem um nome, chama-se Partido Socialista.

Artigo de opinião de João Fernandes, empresário na Área do Alojamento Turístico.

BragaTV, Link

31, Jan 2022

 

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