Uma (re)invenção educativa à PS

Numa semana em que fomos abordados por imensos temas e subtemas relacionados com a educação, em que assistimos a António Costa com enorme felicidade afirmar no parlamento “estamos a reiventar o ensino”, em que recebemos declarações da Secretária de Estado da Educação a afirmar que as escolas vão ter materiais de proteção individual para todos e terão toda a liberdade de gestão de horários para os alunos que regressarão, na próxima semana, às aulas e, além destes pessoal docente e não docente e, ainda, mais um triste episódio no “Estudo Em Casa” com o rap dos meses em inglês, houve necessidade de um “café liberal” com os colegas e membros da Juventude Liberal de Braga para repensar todos estes temas. Por isso, parte desta minha reflexão provém “café” para tentar acordar de uma semana com tanta desgraça na educação.

Comecemos por António Costa e a sua reinvenção do ensino em Portugal: após o primeiro ministro afirmar isto em pleno parlamento, decidi validar alguns dados e compreendi que o Ministério da Educação ainda não chegou à invenção do fogo, para posteriormente chegar à invenção da roda. Isto é, o Ministério da Educação ainda não iniciou uma articulação com as autarquias locais para compreender as necessidades locais, dadas as diversidades territoriais que Portugal contempla, bem como as diferentes realidades socio-económicas, para, deste modo, conseguir garantir o acesso a um ensino a 100% dos alunos à distância de forma a cumprir um dos princípios da nossa constituição: o principio da igualdade.

Será que António Costa ainda pensa que “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”? Terá o seu ministro da Educação ainda não despertado para as necessidades locais e não nacionais?

Ora, tome-se, por exemplo, o território do distrito de Braga em que 65% a 70% do território é considerado área rural, onde não existem infraestruturas que garantam um acesso à internet como nos centros urbanos e, certamente, os rendimentos de muitos nessas àreas não permite a aquisição de computadores, principalmente com os efeitos económicos desta crise.

Dito isto, não deveria o Ministério da Educação estar a articular com as autarquias locais um levantamento caso a caso para compreender as necessidades específicas de cada aluno que não dispõem dos materiais ou infraestruturas necessárias para o acesso às aulas via e-learning? Até ao momento, nada vimos quanto a isto. Parece que “deixai o povo resolver” é a solução e graças às iniciativas quer de instituições particulares, quer cidadãos, tem-se conseguido apoiar esses alunos que mais necessitam de apoio para ter o direito à igualdade de acesso ao ensino.

Mas, também importante, como ponderado já esta (re)invenção de ensino para um sistema e-learning a partir do próximo ano lectivo, como afirmado pelo mesmo António Costa que está a “reinventar o ensino” não deveria o governo, já que o Ministério da Educação não toma iniciativa, negociar com grupos editores de manuais escolares para a produção/venda de produtos digitais (que custarão tanto como a oferta de manuais) e dotar os alunos de material informático e infraestruturas com uma negociação com os grupos de telecomunicações nacionais? Também ficamos a ver navios, já que os aviões estão estacionados…

Sabendo nós que é importante a retoma gradual à “normalidade” assistimos, no dia seguinte, temos a imagem da sra. secretária de Estado da Eduação a afirmar que o Ministério da Educação adquiriu milhares de equipamentos de proteção individual como aventais descartáveis, máscaras, luvas, gel, etc. Isto trouxe-me, de imediato, a imagem da H1N1 (gripe das aves) e do tempo em que foram colocados os primeiros dispensadores de gel desinfectante nas escolas. Foi um tempo de festa! Não duravam muito aquelas recargas na escola… Será que o comportamento não se repetirá?

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