Em 2025, Braga, a nossa cidade, vai enfrentar um momento decisivo: teremos eleições para o novo executivo. Este será um ano de mudança. Novos desafios serão apresentados, assim como novos candidatos e ideias. Sobretudo, será o encerramento de um ciclo de 10 anos liderado pelo atual edil Ricardo Rio. Este é o momento de apresentar soluções concretas ao povo bracarense, medidas que realmente impactem a vida do cidadão.

Mobilidade na cidade de Braga

A mobilidade é essencial para a qualidade de vida. Proporcionar soluções de transporte eficientes para os bracarenses, incluindo os que vivem em concelhos adjacentes, deve ser uma prioridade para novo executivo.

Braga deve tornar-se um hub regional, melhorando o transporte público com dados em tempo real, reestruturando a rede TUB para ligar bairros periféricos e criando hubs multimodais fora do centro, tal como acontece na Estação Central de Copenhaga, que conecta comboios, metro e autocarros, ou na Estação Europa em Lille, que integra comboios de alta velocidade (como o TGV), metro e autocarros.

Além disso, é vital resolver problemas como o nó de Infias e encontrar uma solução para uma das principais entradas em Braga, a zona dos Celeirós, que sofre constantemente de trânsito intenso.

Espaços Verdes Urbanos

Outro ponto para 2025 é a questão dos espaços verdes urbanos, que são cruciais para o bem-estar e a sustentabilidade. Segundo a OMS, espaços verdes melhoram consideravelmente a saúde, reduzem desigualdades e ajudam a combater doenças mentais, que afetam cada vez mais o comum dos cidadãos.

A criação de um megaparque verde, unindo o Monte do Picoto às Camélias, seria uma espécie de pulmão urbano e uma referência nacional em sustentabilidade, desde que bem planeado, com caminhos pedonais, zonas de lazer e outras valências. Este parque poderia também gerar riqueza e criar postos de trabalho, tornando-se um ativo para a cidade.

Deveras importante será dinamizar o desporto ao ar livre, pois é essencial para a saúde e a coesão comunitária. O parque da rodovia é um sucesso tremendo, mas é necessário descentralizar estas infraestruturas com “mini rodovias” em localidades periféricas, como Palmeira e Esporões, promovendo o acesso ao desporto em toda a cidade.

Problema da Habitação em Braga

Por fim outra área que tem um impacto brutal na vida dos bracarenses é a habitação, que exige soluções urgentes. Há, sem dúvida, um problema grave no mercado de habitação: a falta de oferta face à crescente procura, que tem vindo a aumentar ano após ano.

Simplificar os processos de licenciamento com uma “Via Verde” e criar programas de habitação a preços controlados para jovens e famílias são medidas essenciais.

Também reduzir a taxa de IMI para 0,3% e eliminar o AIMI, aliviaria as famílias e incentivaria a aquisição de habitação. Disponibilizar garantias aos senhorios atuais e potenciais, certamente vai contribuir para um aumento das habitações para arrendar e a uma diminuição dos valores das rendas.

Uma mobilidade ao nível do que podemos observar pela Europa fora, também desempenha um papel fundamental na resolução do problema da habitação em Braga. Havendo facilidade nas deslocações entre casa e trabalho, passando pelo estabelecimento de ensino das crianças, vai permitir habitar geograficamente mais longe, mas cronologicamente mais perto. O que alivia a pressão da procura por habitação nas zonas mais centrais de Braga.

Concluindo

Em suma, Braga 2025/2029 necessita de um planeamento e investimento sustentado. A cidade tem um potencial enorme no que toca a recursos humanos e pode, sem dúvida, consolidar-se como um exemplo de sustentabilidade e qualidade de vida, assumindo o seu papel como um hub regional de excelência no Minho.

Devemos, enquanto bracarenses, exigir mais das autoridades municipais e de nós próprios enquanto cidadãos. Temos uma cidade magnífica que pode, nos próximos anos, atingir todo o seu potencial!

Assim o queiramos!