Braga precisa de um Plano Municipal de Segurança Rodoviária

Há uns meses a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) divulgou os números da sinistralidade rodoviária relativos ao ano de 2023 e constatamos que estes se agravaram comparando com 2022.

Olhando um pouco para os números podemos dizer que, no ano transacto, ocorrem em Portugal 36 595 acidentes de viação com vítimas e destes acidentes resultaram 479 óbitos, 2646 feridos graves e 42 890 feridos leves.

Se atendermos aos números absolutos, o nosso Distrito aparece nos lugares cimeiros relativamente a registo de vítimas mortais: Setúbal (50), Porto (50), Lisboa (45) e Braga (35). Bragança foi o que registou menos com apenas três.

 

 

Conscientes que há um trabalho significativo a fazer nesta área a nível municipal, a Iniciativa Liberal (IL) tem defendido que se deveria promover um estudo de volume de trânsito nas principais avenidas da cidade para aferição de: velocidades médias de circulação, estacionamento fora dos lugares previstos (que impacta o trânsito normal) e tamanho dos picos de trânsito. Tudo isto de forma a poder-se fazer um melhor planeamento da infra-estrutura. Ao mesmo tempo também se devia elaborar uma publicação de estatísticas mensais e anuais de todos os feridos ligeiros, graves e vítimas mortais no concelho de Braga, com a localização e motivo/contexto.

Para combater este flagelo, a Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) tem estado a desenvolver, em conjunto com as Câmaras Municipais, Planos Municipais de Segurança Rodoviária específicos e adaptados à realidade de cada Município que visam precisamente a redução da sinistralidade e a diminuição da gravidade das suas consequências.

É este “salto” que entendemos que tem de ser dado: o Plano Municipal de Segurança Rodoviária pretende ser um instrumento que combate a sinistralidade, enquanto aborda de forma sistemática as questões da segurança rodoviária.

O principal objectivo deste plano é, naturalmente, a redução do número de acidentes e vítimas ou, idealmente, a não existência de vítimas, através da melhoria das condições de segurança da infra-estrutura sob gestão do município, da educação, formação e consciencialização de todos os intervenientes no ambiente rodoviário.

No entanto, para se chegar aqui, há necessidade de realizar o enquadramento da sinistralidade feito através da caracterização e diagnóstico dos acidentes rodoviários e dever-se-ão apresentar um conjunto de metas e estratégias que visam a melhoria das condições de segurança nas estradas do Município de Braga.

Assim, vamos conseguir reduzir o número de acidentes com vítimas em vias sob gestão do Município e, ao mesmo tempo, diminuir tendencialmente para zero “0” o número de vítimas mortais.

Braga! Vamos trabalhar abraçar este plano?

 

*O autor por opção não escreve segundo o novo acordo ortográfico.

 

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