Quinta-feira, 5
Pichardo ganha medalha de ouro e incomoda xenófobos, racistas e adoradores da ditadura castrista. Outros, celebram e suspiram por uma união Mamona/Pichardo que, supostamente, nos daria um dia um Pichona ou uma Mamardo imbatíveis no triplo salto. Percebe-se o entusiasmo. Mas a genética, por vezes, prega-nos partidas. O Costa, por exemplo, é filho de um escritor e de uma jornalista e nem por isso tem facilidade de palavra.
Sexta-feira, 6
Ministra da Coesão Territorial sai da Serra da Estrela numa Toyota de caixa aberta onde transporta um bloco de gelo com destino ao Terreiro do Paço. O objectivo é recriar o processo que permitia que, no século XVII, a corte em Lisboa tomasse gelados e refrescos durante o Verão. A coesão histórica da reconstituição não parece grande coisa. Há 400 anos, o litro do gasóleo para encher o depósito da carrinha era de certeza muito mais barato.
Sábado, 7
Prossegue a guerra dos outdoors de partidos políticos na Alameda. Temos agora três cartazes ali à beira da Almirante Reis. O de Fernando Medina que promete “Mais Lisboa”, o do candidato do pequeno partido que utiliza marketing de guerrilha para ganhar notoriedade e que respondeu com “Melhor Lisboa” e o da Iniciativa Liberal.
Domingo, 8
Suposta página do Chega de Vila Real acusa China de criar covid para destruir o partido e funcionários do Governo português de quererem envenenar Ventura. Rio ironiza. Quer fazer-nos ver quem são os maluquinhos com quem o PSD fez acordo nos Açores. Já Ventura dá força à tese do post. Mas, horas depois, o próprio Chega demarca-se da página. É a teoria do caos: um pangolim bate a bota na China e os líderes de dois partidos portugueses cobrem-se de ridículo.
Segunda-feira, 9
Limpeza do Padrão dos Descobrimentos, grafitado no domingo, custa 2300 euros mais IVA à taxa em vigor. Agora, é apresentar a conta à cidadã que se dedicou a decorar o monumento com frases em inglês técnico. Quando a activista francesa descobrir que a taxa do IVA em Portugal é de 23%, nunca mais se mete noutra.
Terça-feira, 10
DGS muda de entendimento e dá indicação para vacinar na faixa dos 12 aos 15 anos. A DGS tinha uma recomendação. Mas, como o senhor primeiro-ministro e o senhor Presidente da República, peritos reputados na matéria, não gostaram, a Dr.ª Freitas apressou-se a arranjar outra, de sentido oposto, que também é muito jeitosa.
Quarta-feira, 11
Costa continua sem gozar férias porque quer coordenar pessoalmente o lançamento da bazuca. Há uns tempos, não deu para adiar a semana marcada para Menorca que, por azar, calhou logo a seguir aos incêndios. Desta vez, como há massa para distribuir e atenção mediática para cavalgar, já não há problema nenhum em atrasar o período de descanso mais umas semanas.