Muito tem vindo à baila nos últimos dias sobre temas que todos nós já pensávamos encerrados. Temas que são um “não assunto”.
Estamos em plena terceira década do século XXI a debater assuntos que já estavam resolvidos na sociedade portuguesa. Portugal enfrenta um número tão elevado de desafios, em simultâneo com uma guerra, tais como a gritante falta de habitação, impostos absurdos sobre as famílias e empresas… Mas não, estamos a focar esforços para assuntos como a independência feminina, como o aborto, como a eutanásia, como a destruição da família tradicional.
É essencial perceber que cada família é única; que cada dinâmica familiar tem os seus próprios desafios e os seus pontos fortes. Era bom se olhássemos com compaixão e aceitação para todas elas, porque são todas bastante válidas e acima de tudo reais. Não vamos ser irreais e dizer que se vive apenas de amor, mas é, na minha visão, um valor seguro para uma família.
Deus nos acuda neste momento, onde há crianças a serem amadas por dois pais, ou duas mães, ou por um pai, ou por uma mãe, ou amadas por um pai, uma mãe, um padrasto e uma madrasta, ou pelos avós, em vez de estarem órfãs de Amor. São crianças que têm a perfeita noção que o importante é ter uma segura rede de apoio em vez de uma convencionalidade.
Deus nos acuda se existe outro tipo de família, que não a que é composta por um pai e uma mãe, porque Jesus tinha padrasto, vivia numa família reconstruída, e ao que apuramos até aos dias de hoje foi amado, um grande homem e conseguiu grandes feitos!
Amor é amor e quanto mais melhor!
Não importa se o amor vem das mães, dos pais ou das madrastas. É amor!
Acredito que os seres que defendem que só e apenas a “família tradicional” tem espaço para existir e que têm este pensamento (que apenas existe um modelo para a felicidade e subsistência do universo), são desprovidos de realidade e de amor, desprovidos de bom-senso e de bondade, porque preferem ter crianças órfãs de amor do que numa família monoparental, uma família homossexual ou uma família reconstruída.
Ao invés de rotularmos as famílias, proponho verificar se são saudáveis e funcionais. Devemos analisar padrões de comportamento construtivos e assim alicerçar famílias mais saudáveis e felizes, independentemente do modelo familiar.
Deus me livre de ser filha destes filhos da “família tradicional”, porque nem Deus quis isso para o filho!