O “sistema”!

O Sistema político e eleitoral está feito para os grandes e sempre para os mesmos! Não é preciso pensarmos muito para nos apercebermos desta realidade.

Ao contrário da Espanha, França, Itália e outros países onde apareceram novas forças, o Parlamento Português está tomado, exceto pequenas alterações (Bloco Esquerda e PAN), pelas mesmas forças políticas que se sentaram na Assembleia Constituinte em 1975, ou seja, há 44 anos! Além disso todas as eleições até hoje foram ganhas por apenas dois partidos, o PSD e o PS, que alternam em conluio!

Existem duas ou três grandes razões para isto.

A primeira é a legislação: Está feita de uma forma com que seja muito difícil criar e manter novos partidos. A legislação que temos foi feita a partir de 1976 e com o único intuito de proteger os partidos que a fizeram. Nessa lei é consagrado grande e generoso financiamento do estado aos partidos, pagando nós dos nossos impostos, entre outras benesses, uma verba por cada voto obtido que vale atualmente 12,60 euro. Alem desta subvenção ainda há uma outra que beneficia escandalosamente os partidos com assento na AR conforme o número de deputados que têm. Contudo, nem todos os partidos têm direito a receber este apoio, só os grandes já que a lei exige que recolham um mínimo de 50 mil votos mesmo que não tenham assento parlamentar. Além destes fatores ainda há os impedimentos de apresentação de listas não partidárias para a assembleia (AR), a burocracia, a organização dos partidos políticos, a ausência de controlo e fiscalização e fundamentalmente o conluio entre todos com direito a assento na AR entre outros fatores.

A segunda e mais importante é a nossa sociedade muito pouco mobilizada, que apesar de mostrar que não está nada contente com o “sistema” atual, como se comprova através do alto grau de abstenção, votos nulos e ou brancos, ou até através das conversas que ouvimos nos cafés, mostra-o da pior forma de não lutar contra este clubismo partidário com as armas que tem; ou seja, com o VOTO.

Esta oligarquia situacionista partidocrática dominante (a frase não é minha) deve ser combatida com urgência. É feita por partidos que nasceram na centralista Lisboa e do topo para baixo, ou seja do aparelho do estado para o povo, distribuindo desde a sua fundação uma rede por toda a província de caciques e afilhados nascidos nas jotas, distribuindo-os sem concursos e apenas por “cunha” por organismos públicos e autarquias dividindo entre eles a influência e poder, lançando como explica Adelino Maltez “uma formidável máquina de penetração em todo o país, numa osmose social que garantiu a permanência das máquinas”.

No seguimento dos exemplos de Espanha, (onde apareceu o Ciudadanosde matriz liberal, que praticamente hoje tem a mesma votação que o obsoleto PP) ou de França, (onde relativamente à pouco tempo Emmanuel Macron era um desconhecido e que com o seu novo partido social-liberal En Marchese tornou Presidente da República), começaram muito recentemente a nascer em Portugal alguns novos partidos neste espectro liberal, fundados por cidadãos anónimos preocupados com a situação atual, que trazem propostas e ideias novas que trazem esperança e fazem soprar lufadas de ar fresco sobre este mofento e amorfo sistema atual.

Podemos começar a dar a volta a isto, é fundamental ir votar e votar em quem pense como nós e realmente nos represente, deixar de votar “útil”, porque votar útil é “virar o disco e tocar o mesmo”; senão é adiar Portugal.

Agenda


Pessoas
Livres

Liberdade
Individual

Mercados
Livres

Liberdade
Económica

Sociedades
Livres

Liberdade
Social

Cidadãos
Livres

Liberdade
Política

Vídeos


Ideias com J | Fernando Costa

Intervenção de Bruno Machado

Intervenção de Bruno Machado

Estado da Saúde

Ideias com J | Dinis Martins

Medina não sabe

© 2024 Iniciativa Liberal Braga