Um Conto de Natal

António Scrooge detestava o crescimento do país. Vivia para acumular cada
vez mais impostos e para manter aqueles que estavam na sua dependência
directa.
A transparência exigida pelos liberais só servia para mostrar os negócios que
pretendia esconder. De S. Bento, observava com desprezo os empreendedores
que pretendiam levar os seus negócios por diante. E a classe média… como
ele a abominava! Não conseguia aceitar a mobilidade social e, por isso, nada
fazia para colocar o elevador a trabalhar.

No dia de Natal, Scrooge voltou para a sua casa, onde vivia com a sua
longuíssima família Socialista. Naquela noite, jantou e adormeceu. Passado
pouco tempo, recebeu uma visita muito estranha. Era o Espírito do Natal
passado, Jacob Sócrates, o seu ex-sócio que tinha desaparecido do Partido
Socialista e carregava umas correntes pesadíssimas. Passados uns segundos
disse-lhe: eu levei o país à bancarrota, mas tu ainda estás a tempo de a evitar.
Passados uns breves momentos, Scrooge deparou-se com a figura de Andrus
Ansip (espírito do Natal presente), que foi primeiro-ministro da Estónia. Este
levou-o a ver o seu país, mostrando-lhe o fantástico crescimento económico
que alcançaram. As principais causas do crescimento do PIB da Estónia, a
partir de 1992, foram a reforma do sistema político e democrático, a
estabilidade financeira, conseguida através do controlo do deficit e da dívida, a
liberalização da economia e a adoção de um sistema fiscal simples e
competitivo.
Depois desta alegre visita, apareceu-lhe o Espírito do Natal do Futuro, mas
António Scrooge não conseguia perceber o seu rosto. Levou-o a um edifício
que tinha uma lápide onde dizia “FMI.” Era a quarta lápide de Portugal. Ficou
verdadeiramente transtornado com aquela visão do futuro.
No dia seguinte, acordou com os sinos a anunciar o Natal. Ligou a televisão e
verificou que continuava à frente dos destinos do país. No entanto, estas três
visitas dos espíritos de Natal tinham-lhe provocado grandes transformações.
Isto não podia continuar! Portugal merecia muito mais do que aquilo que ele

havia oferecido ao país durante sete anos. Não podemos continuar a
redistribuir a miséria. Dois terços dos portugueses não podem continuar a
ganhar menos de 1.100 euros por mês. Portugal não pode continuar a ser
ultrapassado por países de leste como a Chéquia e a Eslovénia que, após o
comunismo, adotaram políticas liberais e entraram na onda do crescimento
económico e da melhoria das condições de vida da sua população. E disse: Os
portugueses não se podem habituar a isto!

 

Bruno Miguel Machado, Jurista e Membro da Assembleia Municipal de Braga
da IL

 

 

 

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