VERDE, TAMBÉM A COR DO LIBERALISMO: O EFEITO DE ESTUFA (2/2)

Na semana passada pudemos perceber que a emissão de gases com efeito de estufa tem vindo a crescer de ano para ano, e o que é pior, tem vindo a crescer a taxas cada vez maiores. Mas acabámos a nossa reflexão com uma promessa de esperança. Agora vamos ver se são os países com maiores níveis de rendimentos que melhor se têm comportado neste aspecto.

É verdade que a nível mundial, as emissões de gases com efeito de estufa (dos quais o CO2 representa cerca de 75%) têm vindo a aumentar, mas nos países mais desenvolvidos a tendência é para diminuírem. É isso que se tem verificado desde há vários anos e que foi identificado nos anos 1990 como a Curva de Kuznets Ambiental:

“Quando um país começa a desenvolver-se, os níveis de poluição que emite vão crescendo. Mas a partir de certo momento, o crescimento económico vai permitindo a diminuição dos níveis de poluição.”

E, de facto, é isso que tem vindo a acontecer na grande maioria dos países. Recolhendo dados sobre a Europa a 15 (Reino Unido incluído) e ainda a Suíça, a relação entre crescimento do PIB e emissão de CO2 é a seguinte (1950-2018).

Fonte de dados: Our World In Data.

São 1104 observações que permitem estimar uma Curva de Kuznets Ambiental conjunta (de 16 países) com uma grande qualidade estatística: coeficiente de correlação de 84% e p-value da estatística F-Snedcor de 0,00.

À medida que o rendimento de um país vai aumentando, vai sendo possível utilizar tecnologias cada vez mais limpas na produção de bens e serviços, bem como a reversão de danos já causados. Os níveis de rendimento mais altos também vão financiando a crescente investigação na procura de soluções tecnológicas cada vez mais amigas do ambiente. E estes avanços também têm a vantagem de virem a ser utilizados pelos países em fases menos avançadas de crescimento, aumentando o seu ritmo de utilização de energias limpas.

Por isso, há esperança em conseguirmos ter crescimento e, simultaneamente, obtermos a diminuição da emissão de gases poluentes. Sendo o próprio crescimento que tem encontrado a solução para este problema! As sociedades livres estão a encontrar o caminho para a recuperação do ambiente.

Ou seja, tal como já sabemos:

Verde, é também a cor do Liberalismo.

 

Bruno Miguel Machado, Jurista e Membro da Assembleia Municipal de Braga da Iniciativa Liberal

Mário Joel Queirós, Docente do Ensino Superior nas áreas de Economia e Finanças,

in Diario do Minho , 

20/11/2022

 

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