COM A MINHA IDEOLOGIA NINGUÉM BRINCA

Porque com a saúde não se brinca, e porque ninguém pode ficar dependente da ganância dos privados para obter assistência médica, o governo socialista achou por bem colocar um ponto final da Parceria Público-Privada (PPP) que existia no Hospital Público de Braga.

É uma atitude de louvar, pois este sector não poderá nunca ser encarado como um negócio: é moralmente desprezível alguém querer lucrar à custa das necessidades dos outros. A partir de Setembro de 2019, mudámos para melhor: o Hospital de Braga passou a beneficiar da gestão pública, à semelhança do que acontece com tantos outros.

E essa alteração de gestão teve que ser realizada mesmo que, com o modelo de gestão adoptado pelos privados, o Hospital de Braga tenha obtido a classificação máxima no ranking do próprio regulador da saúde, a Entidade Reguladora da Saúde – uma entidade pública totalmente independente.

Sim, caro leitor, leu bem: o Hospital de Braga obteve a classificação máxima no ranking da entidade pública que o avalia, e o governo socialista acabou com o modelo de gestão que o levou a ser um hospital de excelência.

Claro que há outro aspecto a ter em conta: não podemos estar a suportar custos exorbitantes na gestão do Hospital por causa da ganância dos privados. A retirada das PPP veio trazer poupanças consideráveis ao Orçamento do Estado, certo?

Errado, pois os hospitais em parceria público-privada geraram poupanças para o Estado de 203 milhões de euros, segundo o Tribunal de Contas. Também uma entidade pública totalmente independente. Para além disso, o Hospital Público de Braga foi considerado o que teve o melhor desempenho financeiro dentro do grupo dos hospitais da sua dimensão – dados da Administração Central do Sistema de Saúde, outra entidade pública totalmente independente.

Há cerca de um mês (Maio de 2022), o presidente do conselho de administração do Hospital Público de Braga implorou por mais autonomia na gestão. Estas declarações aparecem na sequência de vários constrangimentos no atendimento dos doentes, nomeadamente no facto de as esperas na urgência chegarem a 12 horas. Infelizmente, a situação agravou-se no país inteiro e, neste momento temos vários hospitais com as urgências de obstetrícia fechadas. De entre as várias consequências, o encerramento da obstetrícia do Hospital das Caldas da Rainha teve como consequência a morte de um bebé.

Em Outubro de 2021, era notícia na imprensa nacional o facto de em todo o país haver hospitais em "estado de calamidade", algo que já vem de há anos, não sendo atribuível à recente pandemia. Não era o caso dos hospitais públicos geridos pelos privados. NÃO ERA! Mas é agora, que estão sob gestão pública. De mãos atadas com o modelo público de gestão, as pessoas que querem prestar um bom serviço à comunidade – os chefes de equipa do serviço de urgência do Hospital de Braga – demitiram-se dos cargos de gestão que ocupavam: dos 16, apenas ficaram sete.

Porque a ideologia socialista é mais importante do que a saúde das pessoas. Não podemos viver com sistemas discriminatórios, pois não pode haver portugueses de primeira e portugueses de segunda. Sejam quais forem as consequências.

A saúde e a vida das pessoas pode ficar para segundo plano.

Afinal, é com a ideologia socialista que não se brinca.

Mário  Joel Queirós, Docente do Ensino Superior nas áreas de Economia e Finanças,

 in Dinheiro VivoLynk

14/06/2022

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